A Doutrina Espírita

A Doutrina Espírita ou Espiritismo como é mais conhecida, foi codificada por Allan Kardec, pseudônimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail, influente educador, autor e tradutor francês, foi discípulo de Johann Heinrich Pestalozzi, célebre educador suíço, precursor da educação infantil.

O professor Rivail era conceituado autor de livros didáticos na França, na segunda metade do século XIX, e seguia nas suas obras métodos científicos que aplicou no estudo e interpretação dos fenômenos mediúnicos que aconteceram nos países da Europa e da América neste período. O que para alguns era motivo de curiosidade, para Rivail, foi alvo de interesse e pesquisa científica, demonstrando e provando que as manifestações eram inteligentes e provinham de espíritos desencarnados, através da mediunidade.

Quando publicou a primeira edição do Livro dos Espíritos, Rivail assumiu o pseudônimo de Allan Kardec para não confundir a obra do literato Rivail com o seu trabalho de organização da Doutrina dos Espíritos.

O Espiritismo é Cristã e aceita a reencarnação como única forma de entender o Deus misericordioso e a mediunidade como a possibilidade de comunicação com os espíritos.

O Espiritismo não tem hierarquia, não tem profissionalismo religioso, não tem rituais e é uma doutrina aberta, sem dogmas e evolutiva com o progresso da compreensão da vida e do mundo que a ciência oferece.

Para os Espíritas Jesus é filho de Deus, nosso irmão mais velho e seus ensinamentos contidos nos evangelhos são a estrutura fundamental do conhecimento espírita.

A Casa ou Centro Espírita como é conhecido, acolhe fraternalmente a todos que o buscam. Não há competição ou comparação com outras religiões, não há proselitismo e nem exigência de qualquer contribuição para os que a frequentam.

O Centro Espírita prioriza o estudo e o diálogo entre os frequentadores.

A mediunidade é encarada como uma faculdade natural que todos os seres humanos possuem, em maior ou menor grau, que deve ser educada e desenvolvida para representar a fonte de luz para encarnados e desencarnados.

A prática da caridade, a busca de uma vivencia fraterna e confiante na Justiça Divina, a aceitação das dificuldades humanas e a procura de soluções para os problemas que afligem a humanidade são a grande motivação dos que aceitam e praticam a Doutrina Espírita.

O verdadeiro espírita é aquele que trabalha para corrigir as suas imperfeições e assume, perante Deus, perante o próximo e a si mesmo, a responsabilidade de realizar a reforma íntima.